Questão de Geografia – Desconcentração Industrial
- Unicamp
- 2018
- Múltipla Escolha
Detroit foi símbolo mundial da indústria automotiva. Chegou a abrigar quase 2 milhões de habitantes entre as décadas de 1960 e 1970. Em 2010, porém, havia perdido mais de um milhão de habitantes. O espaço urbano entrou em colapso, com fábricas em ruínas, casas abandonadas, supressão de serviços públicos essenciais, crescimento da pobreza e do desemprego. Em 2013, foi decretada a falência da cidade.
http://www.lasprovincias.es/20130719/mas-actualidad/sociedad/detroit-ciudad-abandonada-america-201307191250.html
Essa crise urbana vivida por Detroit resulta dos seguintes processos:
A) declínio do toyotismo; liberalização econômica e concorrência com capitais asiáticos; deslocamento de indústrias para cidades vizinhas.
B) ascensão do taylorismo; protecionismo econômico e concorrência com capitais europeus; deslocamento de indústrias para cidades vizinhas.
C) consolidação do regime de acumulação fordista; protecionismo econômico e concorrência com capitais europeus; deslocamento de indústrias para outros países;
D) ascensão do regime de acumulação flexível; liberalização econômica e concorrência com capitais asiáticos; deslocamento de indústrias para outros países.
E) regressão do regime produtivo fordista, liberalização econômica e concorrência com capitais asiáticos; ascensão da força de trabalho pautada no sistema produtivo taylorismo.
Detroit é a cidade mais populosa do estado de Michigan. No passado, concentrou o maior parque automotivo dos EUA, conhecido como Motor City ou Motown, em que se localizava a sede da Ford e da General Motors. Em 2013, Detroit se tornou a maior cidade dos EUA a pedir falência, com violenta redução de moradores (de 2 milhões para 713 mil). As causas da falência e da evasão foram a desindustrialização causada pela migração do parque industrial para outras regiões do país ou mesmo para a Ásia, sendo que o modelo fordista foi substituído pela acumulação flexível; e a consequente corrosão dos seus alicerces fiscais. Contudo, deve-se considerar que a cidade tem ensaiado um renascimento, com investimentos públicos e privados, motivados pela recuperação econômica do país, dinamizando os setores de comércio, serviços, turismo, arte e gastronomia.