Filme “O Abismo” da Netflix e o desastre em Maceió
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Em 2009, no evento de lançamento do livro “Uma gota de sangue” de Demétrio Magnoli, o doutor em Geografia e autor do livro que aborda a temática das cotas raciais deu uma verdadeira demonstração de desrespeito ao lugar de fala, ao lado de uma bancada de debate branca que junto a ele atacou o movimento negro presente no local.
Na obra “Uma gota de sangue”, Demétrio discute o pensamento racista, o fenômeno da mestiçagem no Brasil, coloca as ações afirmativas e o movimento negro como armações ideológicas, alegando serem contrárias ao princípio da igualdade perante a lei e a ideia de nação.
Antes de seguir na leitura do artigo, assista ao vídeo abaixo que registra o momento em que o movimento negro é atacado sob a liderança de Demétrio Magnoli.
Demétrio Magnoli é jornalista, sociólogo e doutor em Geografia. Autor de diversos livros, entre eles, os livros didáticos Geografia para o Ensino Médio e Geografia: a construção do mundo, muito utilizados no ensino de Geografia. Na coleção Repensando a Geografia, foi autor do livro “Africa Do Sul: Capitalismo E Apartheid”.
Após o lançamento do livro “Uma gota de sangue”, Demétrio se tornou comentarista da GloboNews graças a Ali Kamel, jornalista e sociólogo, Diretor Geral do jornalismo da emissora Globo e autor do livro “Nós Não Somos Racistas”, também contrário a política de cotas. Demétrio é também colunista da Folha de São Paulo.
Por suas posições, é considerado por muitos um representante da nova direita brasileira, já que atua como porta-voz de uma elite retrógrada, racista e que busca manter seus privilégios.
As ideias de Demétrio Magnoli são controversas, na maioria das vezes não condizentes com a discussões no âmbito do pensamento geográfico atual, principalmente por quem carrega um título de doutor em Geografia como ele.
Em plena pandemia, Demétrio em sua coluna na Folha, se posicionou contra o isolamento social, alegando que a letalidade do coronavirus era menor que outras doenças e que os impactos econômicos seriam incalculáveis.
Em outra coluna, foi contra os professores da rede pública que se recusavam a voltar em meio a um aumento significativo no número de casos de covid. Apesar de ser autor de livros didáticos de Geografia, nunca atuou na rede pública, mas em seu artigo, se voluntariou para dar aulas no lugar daqueles que priorizavam suas vidas em meio a incapacidade das escolas públicas garantirem a segurança aos professores.
Afirmou que os professores se aproveitavam da situação e estariam “vagabundeando” em casa, sem compromisso com a educação e com os mais pobres.
Em 2011, fez críticas aos estudantes da USP que lutavam contra as intervenções da Polícia Militar do Estado de São Paulo na universidade em busca de usuários de maconha, um caso claro de abuso de poder, força e perseguição política.
Além das polêmicas citadas, Demétrio como visto anteriormente é contra as cotas raciais. O doutor em Geografia ignora os dados socioeconômicos e raciais que colocam os negros (termo que ele discorda) entre os mais vulneráveis do país, sendo aqueles que mais morrem em homicídios, que possuem os menores salários, são os menos alfabetizados e possuem menor acesso a saneamento básico.
Enquanto Demétrio dispõe de sua intelectualidade em subserviência à elite econômica através do seu espaço como comentarista e colunista em grandes meios de comunicação, milhares de jovens negros são assassinados, estudantes são perseguidos e professores são humilhados.
O vídeo de sua tentativa de calar o movimento negro foi amplamente divulgado e o tiro saiu pela culatra. A partir daquele momento, o conceito de lugar de fala passou a ser amplamente discutido e a UnB, que organizava o evento de lançamento do livro, teve as cotas raciais implantadas, principalmente pela luta de um dos membros do movimento negro presentes no dia.
O autor de diversos livros que foram fundamentais para o ensino de Geografia, hoje desonra esta ciência e presta um desserviço enorme ao se posicionar principalmente contra o movimento negro e sua luta, vestindo argumentos com uma carapaça de intelectualidade para aqueles que querem um lugar de fala onde não tem.
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