chico mendes

Chico Mendes nasceu em Xapuri no Acre no ano de 1944, dedicando a maior parte de sua vida a defesa da Floresta Amazônica e de seus povos. Apesar ser reconhecido como o defensor da Amazônia, ele em sua célebre frase dizia o seguinte:

“No começo pensei que estivesse lutando para salvar seringueiras, depois pensei que estava lutando para salvar a Floresta Amazônica. Agora, percebo que estou lutando pela humanidade”.

Chico Mendes

Na década onde se iniciavam as discussões globais sobre o meio ambiente com a Conferência de Estocolmo em 1972, Chico Mendes começa sua luta pacífica como sindicalista, onde defendia a preservação da floresta Amazônica, que era fonte de sustento para milhares de seringueiros.

O “empate” era uma das ações utilizadas para impedir o desmatamento da floresta, onde famílias, incluindo mulheres e crianças, se sentavam de maneira organizada próximo aos tratores que iriam iniciar a derrubada. O confisco de motosserras também era uma prática frequente. Além de impedir a derrubada da floresta, defendia os posseiros, habitantes nativos que tinham a posse das terras.

chico mendes
Chico Mendes – seringueiro, sindicalista, ativista político e ambientalista brasileiro de expressão global.

Trajetória em defesa da floresta e dos povos da Amazônia

Chico Mendes entra na vida política e a partir daí, começa a receber as primeiras ameaças de morte. Em 1985, no 1º Encontro Nacional de Seringueiros, propõe a “União dos Povos da Floresta”, onde
seringueiros, indígenas, castanheiros, pequenos pescadores, quebradeiras de coco e populações ribeirinhas, se uniriam através da criação de reservas extrativistas.

No entanto, a burocracia federal se arrastava e a ideia de criação das reservas extrativistas continuava no papel. Apesar disso, sua voz começou a ecoar pelo mundo, participando da reunião do Banco Interamericano de Desenvolvimento em 1987, onde denunciou a destruição da floresta Amazônica. Em 1988, recebe o Global 500, prêmio da Organização das Nações Unidas, além da Medalha de Meio Ambiente da Better World Society.

No mesmo ano em que é premiado, Chico Mendes inicia a implantação das primeiras reservas extrativistas no Acre. Após a desapropriação do Seringal Cachoeira, o grileiro Darly Alves da Silva, a quem “pertenciam” as terras, manda seu filho Darcy Alves executar Chico Mendes. Os dois foram presos e condenados a 19 anos de cadeia.

O legado de Chico Mendes

A luta em defesa da Amazônia e de seus povos nativos, é inspiração para políticas públicas de desenvolvimento sustentável no mundo todo. Seu movimento na década de 1980 resultou na criação das reservas extrativistas, que são Unidades de Conservação do grupo de Uso Sustentável, previstas em lei.

Ao ser premiado internacionalmente, Chico exibe ao mundo a perseguição, expulsão e assassinato de inúmeros sindicalistas, chamando atenção inclusive do ex-Beatle Paul McCartney, que escreveu a canção “How Many Will Have To Die” recém-composta para o álbum “Flowers In The Dirt”, após assistir um documentário sobre o ambientalista na rede britânica de televisão BBC.

A entrevista de Paul McCartney pode ser vista no vídeo abaixo.

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