O conflito no Donbass teve seu início devido o resultado da Revolução colorida do Euro Maidan, que aconteceu na Ucrânia em 2014 onde depôs o presidente ucraniano de orientação política pró-Rússia Viktor Yanukovych. Chegando ao poder na Ucrânia o governo de extrema direita com ideologia nazi-fascista, com uma política claramente anti-russa, pró-ocidente.

A população civil das regiões do leste da Ucrânia de Donetsk e Luhansk com maioria étnica russófona não reconhece mais o controle do governo de extrema direita de Kiev e se autoproclamam independentes formando as forças militares DPR e LPR.

A guerra no Donbass tem seu início em 07 de abril de 2014, quando o governo ucraniano sob o comando do presidente Alesandr Turchinov toma prédios nas repúblicas de Donetsk, Kharkiv e Luhansk formando um conselho anti-terrorismo. Nisso os primeiros conflitos armados tem início, inicialmente possuindo um caráter de guerra de guerrilha com armamentos leves.

Com o passar do tempo o exército ucraniano foi reforçando o embate com o envio de armamentos pesados para o front. As forças do DPR e LPR contaram com apoio logístico da Rússia, para sustentar os embates mais pesados. De 2014 até 2019 contabilizou-se um número de 13 mil pessoas afetadas no conflito do Donbass, cerca de 3,3 mil mortos e 9 mil feridos.

Nos combates a favor do exército ucraniano atuam as forças assumidamente de ideologia nazi-fascista do “Setor Direito” (DUK, PS), o Corpo de Voluntários Ucraniano (UDS) e o grupo paramilitar AZOV. Mercenários estrangeiros americanos e europeus atuam no combate em cooperação com Kiev, exercendo os postos de treinadores de tropas e atiradores de elite. Com as forças do DPR tendo capturado em 31 de março de 2015, trezentos desses mercenários estrangeiros.

A favor das Repúblicas autoproclamadas independentes de Donetsk e Luhansk atuam em cooperação grupos de inteligência russa, como comandantes de treinamento tático e soldados voluntários. Fontes não confirmadas relatam o uso de tropas regulares russas no front e o emprego do grupo Wagner, dados ainda não confirmados.

A guerra no Donbass teve um cessar em 26 de julho de 2020. Entretanto o cessar fogo tende a ser quebrado com a crescente escalada das tensões com o governo ucraniano enviando reforços militares para o front entre fevereiro e março de 2021 com a compra de drones turcos Bayrakatar e o apoio direto da OTAN e do governo Biden dos EUA. Já havendo a deflagração de combates em pontos periféricos de Donetsk.


Em seis anos de guerra, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha qualificou o conflito no leste da Ucrânia como um “conflito armado não internacional”. Entretanto, a Anístia Internacional o qualificou como “conflito internacional” – do qual a Rússia participa. (texto: Kirill)

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