Localização e clima do domínio dos mares de morros
O domínio de mares de morros se estende pela faixa litorânea do Brasil, do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, sendo muito influenciado pela umidade proveniente do oceano Atlântico.
O clima predominante no domínio dos mares de morros é o tropical litorâneo. Esse clima é marcado por altas temperaturas e maiores índices de pluviosidade em relação ao tropical típico. As chuvas, concentradas em uma parte do ano, são superiores a 1500 mm anuais, podendo chegar devido ao efeito orográfico, a 4000 mm em trechos da serra do Mar no litoral paulista, volume comparável as áreas mais chuvosas da Terra.
Relevo do domínio dos mares de morros
O relevo é formado predominantemente por planaltos e serras que se estendem desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. A paisagem mais marcante e que dá nome ao domínio, representando seu núcleo, está ligada ao modelado do relevo, que possui formas arredondadas devido ao longo período de atuação de agentes externos nas rochas cristalinas.
Esse relevo arredondado pelo processo de mamelonização, que possui formas que lembram “cascas de tartaruga”, “meias laranjas” ou mesmo um mar de morros, devido ao seus aspecto de movimentação das águas marítimas. Daí, o nome do domínio dos mares de morros.
Vegetação do domínio dos mares de morros
O conjunto de matas tropicais úmidas que se estendiam originalmente de Norte a Sul do país, foi denominada pelos portugueses de Mata Atlântica. Esse conjunto de matas, é predominante no domínio dos mares de morros. Estima-se que a Mata Atlântica que recobria uma área com cerca de 1/4 da Floresta Amazônica, apresente menos de 10% da sua cobertura vegetal original, restringindo-se principalmente a fragmentos nas serras do Mar e da Mantiqueira.
A Mata Atlântica tem uma semelhança com a Floresta Amazônica em sua fisionomia, sendo densa, com árvores altas e cobertas de epífitas. A Mata Atlântica é considerada um hotspotde biodiversidade, já que entre as florestas tropicais é a que possui maior biodiversidade por hectare, com grande endemismo (espécies desenvolvidas no próprio local), mas que hoje se encontra com menos de 30% de sua vegetação original.
Referência bibliográfica
AB’SÁBER, Aziz.Os domínios da natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.
ROSS, Jurandyr Luciano Sanches. Geografia do Brasil. [S.l: s.n.], 2005.