Em 1959, o renomado antropólogo americano George Murdock , publicou “África: seus povos e sua história cultural”. Apesar de ter pouca experiência na África, Murdock usou os recursos disponíveis para criar uma imagem abrangente da distribuição de grupos étnicos por toda a África.
Apesar das dificuldades em se elaborar um mapa de fronteiras étnicas, o mapa de Murdock continua sendo um recurso importante e único para os africanistas.
Murdock lista nada menos que 835 regiões étnicas, provavelmente caracterizando em grande parte grupos linguísticos distintos. Para um continente que abriga menos de um sexto da população mundial, o nível de variação humana é impressionante. Se a África estabelecesse suas fronteiras nacionais com base na identificação étnica ou linguística como a Europa, o número de países resultantes superaria o número de países do mundo atual juntos.
Fronteiras étnicas x fronteiras atuais da África
Os conflitos na África são mascarados muitas vezes por suas atuais fronteiras políticas. Essas fronteiras muitas vezes refletem ineficientemente a distribuição de grupos étnicos e sociais, e refletem mais as prioridades exploradoras dos poderes coloniais e, em menor medida, os obstáculos da topografia, como rios e cordilheiras intransitáveis.
A sobreposição das fronteiras étnicas com as fronteiras atuais da África contribui para compreender os conflitos que assolam o continente africano, já que as fronteiras arbitrárias estabelecidas pelos colonizadores europeus não levaram em consideração os grupos étnicos e seus aspectos socioculturais.
Download das Fronteiras étnicas da África para Google Earth